Pentecostes, palavra de origem grega que significa literalmente “quinquagésimo”, é celebrado no 50.º dia após a Páscoa e marca a descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos reunidos no Cenáculo em Jerusalém.
O livro de Atos dos Apóstolos (capítulo 2) narra que “veio do céu um som como de vento impetuoso” e surgiram “línguas como de fogo” que repousaram sobre cada um ali presente. Os discípulos, então, começaram a falar em línguas, segundo o Espírito os capacitava.
Este episódio representa a dissolução das barreiras humanas, dando início à unidade na diversidade — todos compreendiam a mensagem em sua língua materna, simbolizando a nova comunhão em Cristo.
Trata-se de uma “festa da unidade na diversidade, da luz frente às trevas” — uma revelação do amor de Deus em Jesus Cristo, que transforma os discípulos de indivíduos temerosos em testemunhas audaciosas do Evangelho.
Na homilia do Papa Francisco em uma celebração de Pentecostes, destacou-se que “o Espírito é um reconstituidor de vida”: ele muda corações, transforma medrosos em corajosos e rejuvenesce a Igreja, como “jovem de vinte anos” mesmo após séculos de história.
Neste Pentecostes de 2025, o Papa também enfatizou que o Espírito “abre fronteiras dentro de nós”, derrubando muros interiores e sociais, promovendo reconciliação e paz na sociedade.
Na tradição carismática, o Pentecostes se renova pessoalmente por meio do chamado “Batismo no Espírito Santo”. Trata-se de uma experiência de efusão que reacende os dons recebidos no Batismo e no Crisma — não um novo sacramento, mas uma reativação da graça.
Todo o Tempo Pascal — desde a Páscoa até Pentecostes — é um único grande tempo celebrativo, no qual a Igreja vivencia a vitória de Cristo e aguarda, com esperança, o sopro transformador do Espírito.
Além disso, o Concílio Vaticano II foi descrito por vários Papas como um “novo Pentecostes”, um impulso do Espírito Santo para renovar a Igreja na modernidade e abrir novos caminhos de evangelização no mundo contemporâneo.
Pentecostes é o grande abraço do Espírito à Igreja, concedendo coragem, unidade, dons e missão. No relato bíblico, na tradição dos Padres, na reflexão dos Papas e na experiência da Igreja, percebe-se a presença contínua e transformadora do Espírito.
Celebrar Pentecostes hoje é reconhecer que a Igreja continua viva, dinâmica e chamada à conversão, à reconciliação e ao anúncio do amor de Deus em um mundo marcado por tantas divisões.
“Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis e acende em nós o fogo do teu amor!”
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